quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Dicas de estudo para o novo concurso da ANP

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) abriu concurso público para três cargos de nível superior. Serão preenchidas 152 vagas, das quais 11 são reservadas a portadores de deficiência. A empresa também formará cadastro de reserva. As oportunidades são para diversas áreas de formação e as vagas foram abertas em Brasília e nas cidades de Manaus (AM), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Os interessados podem se inscrever até o dia 19 deste mês, no site do Cespe/UnB, e, como as provas objetivas estão previstas para 13 de janeiro de 2013, contam com cerca de dois meses para intensificar os estudos.


Os salários são atrativos — com as gratificações, podem chegar a R$ 11.374 —, mas a oferta de vagas é pequena e exige, na maioria das vezes, formação específica, lembra Paulo Estrella, diretor da Academia do Concurso. Do total de vagas, 22 são para o cargo de analista administrativo, em cinco áreas de atuação. Para concorrer, os candidatos devem possuir diploma de graduação em arquivologia, ciências contábeis, jornalismo, administração ou cursos superiores com abrangência em informática, computação, sistemas ou tecnologia da informação. A remuneração inicial do cargo é composta por salário-base de R$ 9.623,20 e a gratificação de desempenho, cuja soma após a primeira avaliação pode chegar a R$ 10.429. Outras 15 vagas são para o cargo de especialista em geologia e geofísica do petróleo e gás natural, cujo requisito, a depender da área pretendida, é a formação em curso superior de geologia, engenharia geológica ou geofísica.

Mas a maioria das vagas (115), no entanto, está distribuída em 11 áreas do cargo de especialista em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural. Duas das áreas exigem graduação em qualquer área de formação. As demais são de graduações específicas, entre elas ciências econômicas, várias especialidades de engenharia, além de química, biologia, oceanografia ou graduações nas áreas de computação, sistemas e informática.
Marques, por sua vez, ressalta que a primeira fase do concurso é a mais importante, pois é quando os candidatos precisarão mostrar ter conhecimentos básicos em oito conteúdos e domínio sobre temas específicos da área em que são formados. Mesmo com a exigência de títulos, que pode somar, no máximo, 10 pontos, as provas objetivas e discursivas serão fundamentais para a aprovação, já que as duas totalizam 150 pontos.

Concurso exige noções de legislação ambiental

Por se tratar de uma agência que regula as atividades que integram a indústria do petróleo e gás natural e a dos biocombustíveis no Brasil, o concurso exigirá noções de legislação ambiental, assunto que terá grande importância nesse concurso, e, embora o assunto seja tratado no artigo 225 da Constituição, os candidatos precisam estar atentos a outras questões ambientais que permeiam a Carta Magna, alerta o professor.
Marques afirma que outro ponto importante, e que certamente fará diferença, é entender as exigências para se obter o licenciamento ambiental. O candidato deve conhecer o impacto relativo ao empreendimento e às atividades relacionadas ao petróleo.

— Os candidatos devem ainda saber como funciona a agência. O conteúdo de noções de estrutura e regulação da indústria petrolífera exigirá que o futuro servidor domine o papel da ANP, quem são os principais consumidores do combustível no Brasil e no mundo. Portanto, será necessário estudar também geopolítica — explica.

Para Alexandre Lopes, diretor pedagógico do Curso Maxx, a maior novidade neste concurso da ANP está na oferta de vagas ao cargo de especialista em geologia e geofísica, em razão da especificidade da formação.

Elaine Ribeiro, professora do Canal dos Concursos, acredita que a maior surpresa é que a banca escolhida para organizar a seleção tenha sido o Cespe/UnB, um ponto preocupante para os concurseiros que estavam se preparando para o estilo de prova da banca da Cesgranrio. Outro diferencial é que as provas possuem questões que atacam diretamente texto de legislação específica de petróleo e gás, mas em contrapartida também podem trazer questões doutrinárias ou de artigos de profissionais do setor. Isso irá dificultar um pouco para os candidatos, pois a maioria não atua no mercado profissional de petróleo e gás e não está acostumado com a nomenclatura ou denominações do setor.

— Para sair na frente da concorrência, tendo em vista o excelente salário da ANP e as condições de trabalho ímpar, o candidato deverá dominar bastante os conhecimentos básicos para todos os cargos, dando ênfase também às inovações da legislação ambiental, aconselha a professora.

Estrella, por sua vez, reafirma que é muito importante que o candidato faça questões de provas de concursos anteriores do órgão. Apesar de ser o primeiro concurso da ANP que o Cespe/UnB organiza, existem várias outras provas de concursos que o candidato pode usar como referência:

— Muitas disciplinas de conhecimentos básicos podem ser encontradas em várias outras provas, mas as de conhecimentos específicos são um pouco mais difíceis. Os editais do Ibama, ICMBio e mesmo a penúltima prova da Agência Nacional de Águas podem fornecer questões de conteúdos cobrados também neste edital.

É importante ainda, segundo Estrella, conhecer bem a banca, o que pode facilitar a interpretação das questões na hora da prova, além de ajudar na orientação do que estudar e em que se aprofundar. Segundo ele, os conhecimentos específicos dos cargos somam 70 possíveis pontos, 20 a mais que os conhecimentos básicos, e devem ser a maior preocupação do candidato, já que a prova discursiva cobrará também esse conteúdo. De qualquer forma, aconselha o especialista, o candidato não deve negligenciar nenhuma das disciplinas, já que pode ser eliminado se não conseguir alcançar o ponto de corte nas provas.

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