* Reportagem do ano de 2007 do portal G1
http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL106482-5604-2894,00.html
Engenheiros Químicos na Petrobras |
“A primeira coisa necessária para fazer o curso é ter uma boa afinidade com a disciplina de química. Mas o curso não é só química: é muito mais. Tem uma carga pesada de exatas”, afirma o coordenador do curso na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Cristiano Fontes. “O engenheiro químico é responsável por todo o processo produtivo, desde a matéria-prima até o produto final”.
O curso tem duração mínima de cinco anos de acordo com uma resolução do Conselho Nacional de Educação e, segundo estatísticas do Ministério da Educação (MEC), há mais de 60 instituições que oferecem a graduação pelo país.
Em geral, os cursos em todas as regiões do Brasil têm dois anos básicos, com muita carga de matemática, física e química. Só depois dos fundamentos é que começam as disciplinas profissionalizantes. Nessa fase, a ênfase dos cursos pode variar, conforme os produtos da região.
“É fundamental muita dedicação e muito estudo. Há períodos integrais de aula e o estudante tem de estudar muito para dar conta de todas as tarefas que tem de cumprir”, afirma a coordenadora da graduação na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Patrícia Helena Lara dos Santos Matai.
Estágio
O estágio é um dos requisitos para a formação do engenheiro. “Engenharia química tem de ter conhecimento da prática. Mas fazer estágio precoce não adianta. Até acaba atrapalhando os estudos”, diz Fontes. Por isso, a UFBA estabeleceu que o estágio só será feito a partir do oitavo semestre.
Na Poli da USP, o currículo ficou um pouco diferente dos tradicionais para dar conta do estágio. A partir do terceiro ano, os estudantes cursam quatro meses de aulas acadêmicas e fazem quatro meses de estágio, que pode ser realizado em empresas do Brasil e do exterior ou mesmo na universidade. O objetivo, segundo Patrícia, é começar a inserção do estudante no mercado.
“O aluno de engenharia química tem de ser colocado em contato com a realidade industrial. Quando trabalha ele vê o que estudou no papel, e aquilo ganha outra dimensão”, afirma Patrícia.
Química ou engenharia química
“Podemos pensar no processo de fabricação de azulejos. A pessoa que cuida do controle de qualidade é o químico. A produção é responsabilidade do engenheiro”, explica o coordenador da modalidade no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Rodrigo Menezes Moure.
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