O
diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras, José
Antonio de Figueiredo, apresentou nesta noite (5/9) o detalhamento do
Plano de Negócios e Gestão da Companhia para o período 2012-2016 no
Clube de Engenharia do Rio de Janeiro.
Figueiredo reforçou a importância do
volume de investimentos a ser realizado pela Petrobras. Ao todo serão
US$ 236,5 bilhões no período 2012-2016, com foco nas atividades de
Exploração e Produção. Destacou as metas estabelecidas e os diferenciais
da Petrobras para atingi-las. A Companhia é líder mundial em produção
em águas profundas. Nos últimos cinco anos, 63% das descobertas em
grandes profundidades foram realizadas no Brasil.
O diretor reforçou que “poucos países no
mundo têm uma carteira de projetos com tantas oportunidades. Temos que
transformar esses projetos em realidade, gerando emprego e
desenvolvimento sustentável para o país”. Figueiredo destacou a política
de conteúdo local e observou a importância do ganho de competitividade
da indústria brasileira de bens e serviços para o segmento de petróleo e
gás.
Lembrou ainda que para que todos os
investimentos previstos que possam ser realizados, a Companhia tem
focado em ferramentas de gestão. “Nesse plano, acrescentamos a letra G,
de gestão. Temos que fazer tudo com a melhor gestão, priorizando um bom
planejamento, que é a primeira tarefa para a nossa equipe”, afirmou o
diretor. Todos os projetos da Companhia têm sido acompanhados de perto
através das curvas S de desempenho, que consistem no acompanhamento
detalhado dos cronogramas físico e financeiro dos projetos, permitindo
corrigir eventuais distorções.
O diretor citou os trabalhos realizados
pela área de Engenharia nos últimos anos. Algumas dessas obras
realizadas se destacaram pela inovação das tecnologias aplicadas. O deck
mating da plataforma semissubmersível P-55, no Polo Naval do Rio Grande
(RS) é um exemplo. “Foi uma operação inédita. O deckbox da plataforma,
de 17 mil toneladas, foi içado a cerca de 47 metros para ser acoplado ao
casco. Foi uma das maiores operações do tipo já realizada em todo o
mundo”, destacou Figueiredo.
Entre os investimentos para o segmento
de Exploração e Produção, foram desenvolvidos projetos de várias
plataformas, além de outros ligados ao Programa de Modernização da Frota
(Promef). Entre os projetos em desenvolvimento para os próximos anos
está a construção, já iniciada, dos oito FPSOs replicantes para o
pré-sal da Bacia de Santos. A produção em série de plataformas idênticas
permitirá a padronização dos projetos e equipamentos e atendimento às
métricas internacionais, além de maior rapidez no processo de construção
e ganho de escala, com consequente otimização de prazos e custos.
Também destaca-se a conversão dos quatro FPSOs para a área da Cessão
Onerosa, que será realizada no Estaleiro Inhaúma, no Rio.
No segmento de Gás e Energia foram
instalados cerca de 5 mil km de gasodutos. Destacam-se projetos em
desenvolvimento para as plantas de fertilizantes, que serão instaladas
em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. A Unidade de
Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas (UFN III) entrará em operação
em 2014 e será a maior planta de fertilizantes nitrogenados da América
Latina, com capacidade de produção de 1,2 milhão de toneladas/ano de
uréia e 70 mil toneladas/ano de amônia.
Já para o segmento de
Abastecimento, os investimentos estão concentrados na ampliação e
modernização do parque de refino. Estão em andamento as obras do
primeiro trem (primeira fase) do Comperj e da Refinaria Abreu e Lima,
que elevarão a capacidade de refino da Petrobras em cerca de 400 mil
barris por dia. As refinarias Premium I e Premium II estão em fase de
elaboração de projeto de acordo com os padrões internacionais.
“Nosso desafio na Engenharia é cumprir o
planejado no Plano de Negócios e Gestão da companhia, em termos de
prazos, investimentos e conteúdo local, tendo o SMS como valor”,
concluiu o diretor Figueiredo.
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